Xadrez de tempos

XADREZ

Xadrez de Tempos!

Veja para que serve o relógio de xadrez, quando surgiu e como é utulizado.



Transformação dos relógios de xadrezDesde o século XVII, o jogo de xadrez era marcado por longas esperas e sem previsões de término das partidas. Contam que em 1881, num torneio em Nova Iorque, o publico reclamara de que algumas partidas que demoravam até 2 horas por lance.



Devido ao desgaste dos atletas e dos espectadores,Thomas Bright Wilson do Reino Unido criou uma espécie de relógio mecânico usado pela primeira vez no Torneio de Londres de 1883. Era basicamente formado por dois relógios comuns unidos por uma alavanca e dois botões, de forma que quando um botão fosse apertado, o relógio acionado parasse de contar o tempo, iniciando a contagem do relógio adversário.



No início da década de 70, com a invenção do microchip e do relógio digital, o primeiro relógio digital de xadrez foi desenvolvido por Bruce Cheney, um estudante de engenharia da Universidade de Cornell.



O digital é o usado pela FIDE (sigla em frances- Federação Internacional de Xadrez). Com um designer mais arrojado, os detalhes dos números digitalizados facilitam a vida dos árbitros e dos próprios jogadores que apontam os números minuciosamente.



COMO FUNCIONA ?



O relógio de xadrez, são 2 cronômetros normais montados em um único aparelho que marcam o tempo de jogo como um todo e não a cada jogada como muitos acreditam. Cada jogador tem o seu tempo limite quando estipulado pela organização do evento. Quando o lance é feito no tabuleiro o jogador aciona o relógio, este então, para de rodar e gira o outro relógio. Ou seja, os tempos são individuais. O xeque-mate finda a partida, porém a derrota no cronômetro é apontada para o jogador que gastou mais tempo durante a partida. Para os relógios analógicos, há um pequeno ponteiro vermelho próximo do número "12", e que é acionado pela passagem do ponteiro dos minutos. Se este ponteiro vervelho for ultrapassado,a seta cairá, e acarretará no final da partida para aquele jogador.Já para os relógios digitais, a contagem é de forma decrescente, ou seja, o termino da partida ocorrerá para o jogador cujo o tempo estiver em 00:00 (zerado).



TRANSFORMAÇÃO



Com a criaçao do relógio digital, vieram também novos rítimos de partidas. Antigamente, uma partida de xadrez –com o relógio analógico- levava em média 4 horas, (levando em consideração 2hs para cada jogador) e havia prazo final para o jogo. Isso trazia um certo desconforto para os jogadores, ao ponto que eles tinham que controlar seu tempo durante o jogo e suas emoções com a chegada do final. A FIDE então trouxe um advento para o xadrez. Criou uma espécie de “bônus” para cada movimento feito no jogo e acionado no tempo. Este “bonus” costuma ser na faixa de 30 segundos para cada jogada. Desta feita, o jogo pode ficar longo,porém há mais tempo para o jogador se concentrar, fazer suas estratégias e pensar bem antes de executar sua jogada e até mesmo ao final do jogo.



Escrito por Frederico Gazel



Postado po Luciane Sepulveda



21/07/2010 - 17h00



XADREZ

Atleta mineiro conquista bronze na Argentina e vai representar o Brasil no Campeonato Mundial para Cegos

Enxadrista disputará competição internacional na Europa



Crisolon Terto Vilas Boas



O atleta de xadrez Crisolon Terto Vilas Boas de 51 anos, conquistou no dia 14 de junho o 3º lugar no Campeonato “Latinoamericano de Ajedrez para Ciegos” em Córdoba, na Argentina. Atletas de alto nível prestigiaram este evento que contou com a presença de 37 jogadores de países como República Dominicana, Bolívia, Peru, além dos 10 brasileiros que participaram do evento e jogadores locais da Argentina. No mesmo mês de junho, o jogador disputou outra competição tornando-se campeão da Copa Brasileira de Xadrez para Deficientes Visuais, na Sede da USP em São Paulo.



Sua próxima competição já tem data marcada para 16 a 18 de julho quando acontece a 2ª etapa do Campeonato Brasileiro de Xadrez para Deficientes Visuais no Rio de Janeiro/RJ que será realizado pela Associação Brasileira de Xadrez para Deficientes Visuais (ABXDV). Entretanto, seu maior desafio será os dias 25 de setembro a 4 de outubro, onde disputará o 19° Campeonato Mundial de Xadrez para Cegos em Belgrado na Sérvia.



O enxadrista foi convocado para representar o Brasil no continente Europeu, porém, Crisolon, em entrevista exclusiva para o “Xadrez das Gerais” conta que conhece 27 países através do xadrez. “Participei de Campeonatos Mundiais como em Istambul na Turquia, Goa na Índia e Benasque na Espanha. Estive também em Olimpíadas na Grécia, Polônia e diversas competições mundo a fora” afirmou.



Atualmente o jogador estuda xadrez com o Prof. e Psicólogo Júlio Lapertosa. Pela internet recebe dicas, orientações e um estudo prático, bem como análises de suas partidas em competições. Juntamente com as aulas, utiliza softwares especializados em xadrez para treinamentos com auxílio de programas de voz.



Com sua experiência de jogo, Vilas Boas soma 5 títulos nacionais na categoria deficiente visual e o tetra campeonato municipal na mesma categoria.



Crisolon é casado, e pai de dois filhos. É Formado em Ciências da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e tem a pós-graduação em análises de sistemas.







Como um deficiente visual joga xadrez?



O método empregado pelos cegos é o tato e a audição. O tabuleiro do deficiente visual é composto por um alto relevo, para diferenciar as casas (quadrado) brancas e casas pretas. Para que haja o manuseio das peças sem que estas se desloquem, é criado um encaixe entre as peças e o tabuleiro. Com este recurso, eles conseguem saber o número de casas disponíveis para o movimento de suas peças e podem avaliar as linhas, fileiras, colunas e diagonais sem prejuízo para o seu raciocínio.



Para a realização de um simples jogo entre um deficiente visual e um outro jogador, é necessário que os atletas ditem o lance a ser jogado através da nomenclatura de xadrez. Exemplo: Cavalo c3, Bispo f4 xeque etc...



Os jogos são separados, cada jogador tem o seu tabuleiro, porém, ambos reproduzem o próprio lance e o do adversário.



Já no quesito do relógio, há um recurso em que o deficiente aciona um mecanismo e o aparelho indica o tempo restante de jogo.







Escrito por Frederico Gazel



Postado por Luciane Sepulveda



08/07/2010 - 12h25